Fugindo da armadilha: do apagar incêndios à operação sustentável
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Fugindo da Armadilha: Do Apagar Incêndios à Operação Sustentável
Resumo: A gestão está em constante evolução e as novidades frequentemente trazem aprendizados valiosos. Mas sem disciplina, KPIs e padrões operacionais, correr atrás de modismos só aumenta a complexidade. A cultura garante que a gestão tática e operacional transformem direção em resultados sustentáveis.
Da Estratégia à Ação
No primeiro artigo, alertei sobre o risco de tratar novidades de gestão como balas de prata. A lição não é ignorá-las, mas aplicá-las com senso crítico. A estratégia precisa se desdobrar na gestão tática e operacional, onde acontece a execução real.
Gestão Tática: O Papel dos KPIs
Os OKRs funcionam como bússola, mas os KPIs são termômetros. Eles medem a situação atual da organização e orientam ajustes táticos.
Nesse nível, os KPIs trazem foco e disciplina. Podem até integrar OKRs como key results, mas sozinhos não são estratégicos. Poucos indicadores deixam a gestão cega. Indicadores demais afogam em dados. O equilíbrio é a arte.
Gestão Operacional: Padrões e Consistência
A operação exige consistência. As melhores práticas precisam ser registradas em playbooks, procedimentos e treinamentos para que os times entreguem resultados previsíveis. Esses padrões devem ser simples e atualizados quando necessário.
É aqui que muitas empresas tropeçam. Em vez de criar sistemas preventivos, ficam presas ao modo reativo. E é nesse nível que a burocracia pode ser tão nociva quanto o improviso.
Cultura como Agente Silencioso
A cultura garante que equipes táticas e operacionais entendam seus papéis, assumam responsabilidades e se mantenham alinhadas. Também transforma erros em oportunidades de aprendizado, descentraliza decisões e evita a dependência excessiva do “líder herói”.
Rompendo o Ciclo
Na prática, sistemas de aprovação excessivamente centralizados e com diversas etapas travam processos. Já vi empresas deixarem de pagar contas no prazo porque a burocracia bloqueava aprovações.
Em outros casos, líderes distantes da rotina priorizaram a burocracia em detrimento dos resultados. Um processo de aprovação comercial ficou tão lento que o cliente desistiu, quando alçadas claras e responsáveis teriam garantido agilidade.
Romper esse ciclo significa estruturar processos e, muitas vezes, contar com um olhar externo para simplificar e sustentar a gestão.
Pensamento Final
As novidades em gestão não devem ser ignoradas, muitas trazem aprendizados valiosos. Mas tratá-las como balas de prata é uma armadilha. A gestão tática e operacional dependem de KPIs, padrões e cultura para dar vida à estratégia.
Este artigo fecha a segunda parte da reflexão. Junto com o primeiro, mostra como estratégia, cultura e execução precisam estar conectadas. O que vem depois não é mais um modismo, mas o trabalho disciplinado de construir organizações que aprendem e evoluem.
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Se KPIs são termômetros e padrões operacionais são o músculo da execução, qual KPI você eliminou ou qual padrão você instituiu que mais destravou resultados? Onde a burocracia te trava hoje e como simplificar sem perder controle?
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🇺🇸 English
Escaping the Trap: From Firefighting to Sustainable Operations
Summary: Management evolves constantly, and new practices often bring valuable insights. But without discipline, KPIs, and operational standards, chasing fads only increases complexity. Culture ensures that tactical and operational management transform direction into sustainable results.
From Strategy to Action
In the first article, I warned against treating management innovations as silver bullets. The lesson is not to ignore them but to apply them critically. Strategy must cascade into tactical and operational management, where real execution happens.
Tactical Management: The Role of KPIs
OKRs serve as a compass, but KPIs are thermometers. They measure the organization’s current state and guide tactical adjustments.
At this level, KPIs provide focus and discipline. They can even integrate into OKRs as key results, but alone they are not strategic. Too few, and management is blind. Too many, and the organization drowns in data. Balance is the art.
Operational Management: Standards and Consistency
Operations demand consistency. Best practices must be captured in playbooks, procedures, and training so that teams deliver predictable results. Standards should be simple and updated when needed.
This is where companies often stumble. Instead of building preventive systems, they get stuck in reactive mode. And it is here that bureaucracy can be as harmful as improvisation.
Culture as the Silent Enabler
Culture ensures that tactical and operational teams understand their roles, feel accountable, and stay aligned. It also treats errors as learning opportunities, decentralizes decisions, and avoids excessive dependence on “hero leaders.”
Breaking the Cycle
In practice, overly centralized approval systems with endless steps slow everything down. I have seen companies miss payment deadlines because bureaucracy blocked approvals.
In other cases, leaders far from day-to-day reality prioritized bureaucracy over results. A commercial approval process became so slow that customers gave up, when clear levels of authority would have guaranteed agility.
Breaking the cycle means structuring processes and sometimes bringing in external perspectives to simplify and sustain management.
Closing Thought
New management practices should not be ignored, many bring insights worth adopting. But chasing them as if they were silver bullets is a trap. Tactical and operational management depend on KPIs, standards, and culture to give life to strategy.
This article closes the second part of the reflection. Together with the first, it shows how strategy, culture, and execution must connect. What comes next is not another fad, but the disciplined work of building organizations that last.
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If KPIs are thermometers and operational standards are the muscle of execution, which KPI did you kill or which standard did you institutionalize that most unlocked results? Where does bureaucracy hold you back today and how would you simplify without losing control?
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